Ações de Formação • Publicado a 01, Março de 2022
Volvido mais um ano em que nos deparamos com tempos de particular provação, provocados por agentes externos que obrigaram a rápidos e profundos ajustes à normal rotina da nossa sociedade, valeu, mais uma vez, a capacidade de resposta de todos aqueles que norteiam a sua forma de estar concentrados no bem-estar dos outros, assumindo esta postura altruísta, partilhando-a e incentivando a sua cultura.
Estes desafios proporcionaram o fortalecimento de relações, tanto internamente, como ao nível interinstitucional, acrescido do reforço da resiliência característica de todos quanto contribuem para o cumprimento da missão do SRPCBA.
Apesar dos constrangimentos criados pela pandemia, as mulheres e homens que compõem os Corpos de Bombeiros garantiram, a todo o momento, que as nossas missões se mantivessem ininterruptas e fiáveis, assegurando, desta forma, a manutenção da nossa total capacidade operacional em áreas tão relevantes como a busca e salvamento, o pré-hospitalar e as ações de proteção civil no geral. O sucesso destas operações, tantas vezes de elevada complexidade e, amiúde, com riscos acrescidos para os operacionais que nelas intervêm, exige elevados níveis de concentração e disponibilidade física e mental; é, por isso, de elementar justiça, endereçar uma palavra de reconhecimento a todas as famílias que apoiam estas mulheres e homens e proporcionam a almejada estabilidade, tão valiosa na consecução das missões que altruisticamente desempenham no seu dia-a-dia.
Faço, por isso, votos de que a exemplar postura assumida pelos nossos operacionais continue a honrar a sua condição de ‘Soldados da Paz’ com a dignidade e o humanismo que a devem caracterizar e que assentam em dois dos mais importantes pilares desta instituição, a missão e o compromisso pela excelência do serviço prestado. Mas este é também um período que, no plano profissional, convida à ponderação e ao balanço da atividade desenvolvida de um ano durante o qual muitas foram as circunstâncias em que se superaram os seus desafios, com a serenidade e a atitude que nos caracterizam, norteada pelos superiores interesses da Regionais e Nacionais.
Não poderia deixar de afirmar claramente que os tempos que temos vivido, marcados pelas circunstâncias económicas e financeiras que o país e o mundo atravessam, cujos efeitos se fazem sentir acentuadamente na ideal gestão dos recursos humanos e materiais, não têm sido fáceis e perspetivam como delicados os tempos vindouros, impondo-nos respostas prontas e qualificadas, a gestão criteriosa das disponibilidades e a capacidade de encontrar soluções que tornem o futuro – que queremos e merecemos – melhor.
Ciente de que os próximos 12 meses continuarão a ser de trabalho intenso, estou também convicto de que, é perante as adversidades que o valor e a grandeza dos nossos homens e mulheres se manifestam, principalmente, na firmeza como os enfrentam e na determinação como os superam.
Estou, sobretudo, seguro de que, com o vosso apoio, este SRPCBA continuará a corresponder às responsabilidades que lhe estão confiadas e a pautar a sua ação pela salvaguarda dos valores éticos e morais, dando o melhor da sua capacidade, discernimento, serenidade, determinação e forte sentido de responsabilidade e de missão.
E porque este Serviço conta com tantas outras entidades que connosco colaboram como agentes de proteção civil, para eles também um grato reconhecimento do esforço emprestado em todas as ações nas quais se empenharam e empenham, amiúde, prescindindo do conforto do lar e da companhia dos seus entes mais queridos.
Termino, pois, com uma palavra de esperança no futuro que tanto tem de incerto como nós a certeza de que poderemos continuar a contar com o elevado sentido altruísta, profissionalismo e espírito de missão que os nossos profissionais, operacionais ou não, dedicam à região, em prol do apoio e socorro das Açorianas e Açorianos, assim como a todos quantos nos visitam.
É com este sentimento que deixo uma mensagem de incentivo à população Açoriana no sentido de ser proativa, adotar as medidas de autoproteção sempre que indicado, assim como todas as demais recomendações emanadas aquando da evidência ou confrontação com as mais diversas adversidades.
Da nossa parte, fica o compromisso do garante da prevenção e salvaguarda da vida humana, sejam quais forem as circunstâncias.
